segunda-feira, 1 de junho de 2009

PARA ONDE VAI O DESRESPEITO HUMANO?


Se me perguntarem hoje qual será o destino da humanidade, na minha opinião, com certeza não terei uma previsão positiva. Eu vou explicar por que...
Alguém consegue entender o que leva uma pessoa a sair de sua casa, portando uma caixa de ovos e andar pelas ruas dirigindo em alta velocidade, provavelmente com o carro do pai, atirando ovos nas pessoas totalmente desprotegidas e surpreendidas por uma atitude tão desumana? Alguém sabe explicar?
Pois foi o que aconteceu sexta-feira passada, quando eu estava em frente à UFBA, quase 10 horas da noite, esperando o ônibus, que, para variar, estava muito atrasado, ao lado de outras pessoas, todas totalmente cansadas depois de um dia longo de trabalho e de estudo, ansiosas para voltarem para casa. Infelizmente somos obrigados ainda a esperar por horas, muitas vezes, por um ônibus que sempre chega atrasado, pois não é novidade que o transporte público em Salvador não funciona.
A cena lamentável ocorreu em poucos segundos, quando eu percebi uma menina, que estava próxima à calçada, havia sido atingida por um ovo bem na testa. Ela, perplexa, não teve reação sequer. Outras pessoas também foram atingidas pelos resquícios do ovo. O que me deixou ainda mais surpreso é que um rapaz afirmou que não era a primeira vez que uma situação como aquela acontecia. E então me pergunto: imagina se isso vira moda? Situações parecidas já haviam acontecido em outras cidades, não tenho certeza se em São Paulo, ou no Rio, inclusive envolvendo pessoas famosas, como o Boninho da Globo, e já foi também cena da novela Caminho das Índias, através de um personagem que atirava ovos pela janela do apartamento dos pais.
Naquele mesmo dia, uma professora, colega minha de trabalho, reivindicava o retorno do ensino tradicional, alegando que hoje os jovens perderam todos os valores. Concordo que realmente existe este problema entre os jovens, mas não vejo como solução para isso o retorno de uma concepção de ensino totalmente ultrapassada. De fato, providências precisam ser tomadas, principalmente por parte das famílias, em trabalho conjunto com a escola, para que situações como a ocorrida na sexta-feira não vire rotina, pois se eles hoje atiram ovos, amanhã atirarão pedras... E depois? O que virá a seguir? Balas de revólver? E as vítimas? Quem serão as próximas?

Um comentário:

Educação e Contemporaneidade disse...

Meu amigo,
Compartilho da mesma ideia!!!
Não sei onde esse mundo vai parar!!!
abraços